terça-feira, 19 de agosto de 2008

Num bailarico de Verão...

Estes dias foram no mínimo esgotantes, se vierem visitar Bucos por esta altura irão perguntar-se: “Os jovens desta terra parecem fantasmas, sem genica nenhuma”. E acreditem a genica foi toda neste fim-de-semana último. Se somos jovens e é suposto termos energia para fazer girar o mundo também é verdade que a conseguimos gastar num único fim-de-semana. Para quem já está a pensar que estamos assim porque fomos curtir para uma discoteca, abanando o capacete até cair para o lado, desengane-se. Querem saber a razão deste cansaço súbito? Em duas palavras vos respondo: Festa de Verão. Sim foi esta malandra que nos deixou assim.

Já à muito tempo que o presidente da nossa associação anda atarefado com esta festa. Tem que arranjar os grupos musicais, com a ajuda do sempre prestável Quinzinho Lobo Lugar do Bairro Rossas, pensar nos horários, bebidas, etc, etc… Fica aqui o reconhecimento. Mas é num fim-de-semana de Agosto que a festa realmente aparece.

A Festa de Verão, organizada pela Bucos Viva, deste ano não foi excepção. Para o povo, para nós é o seu divertimento que realmente interessa, a nossa festa começou na Sexta-feira à noite, aqui actuou um grupo musical, e como não poderia deixar de ser houve o bailarico habitual, tal como no Sábado. Fica aqui uma observação interessante, como devem saber nestas alturas chegam os emigrantes, e como não poderia deixar de ser eles são parte importantíssima nesta festa, e a segunda geração de emigrantes, aqueles que têm sensivelmente a nossa idade, dão-nos um bailinho dos antigos ao que toca dançar. Não deixa de ser interessante, demonstra que estas pessoas vivem o seu país, conhecendo e aproveitando a cultura que carregam, muitas vezes mais do que nós, que temos a sorte de desfrutar o nosso Portugal todos os dias.

Sexta e Sábado correram muito bem, a chuva ameaçou mas fez poucos estragos, apenas alguns jogadores que disputaram o torneio levaram com o temporal que aqui caiu no Sábado de manhã. Dou especial destaque aos jogos tradicionais, feitos no Sábado à tarde que tiveram uma participação recorde. Mas foi no Domingo que a festa ganhou um verdadeiro sentido. É neste dia que há a tradicional chega de bois, onde estes animais se debatem, mostrando a sua força. O dia estava bom, e as pessoas foram-se juntando junto há praia fluvial, criando um grande clima, para mais tarde recordar. Ainda apanhamos um valente susto quando um dos bois, ao fugir do seu adversário, bateu contra um senhor, mas felizmente tudo correu bem. Foram tomadas as devidas providencias, e o senhor não teve nada de grave… não passou de um susto e um susto chegou. Neste dia à noite, trouxemos um pouco de cultura a Bucos, com a peça de teatro BILE, Brigada de Intervenção Lenta mas Eficaz, do grupo G.A.T.A., da Associação ARCA.

Pronto e foi assim que se passou mais uma festa de verão. Os problemas foram ultrapassados, tal como arranjar outro campo de futsal para o torneio, pois os senhores que estavam a tratar do nosso decidiram dar uma de incompetência, ou ter que arranjar mais barris de cerveja num Sábado à tarde pois os nossos estavam a acabar. Mas tudo correu bem graças ao esforço e união de todos os sócios que trabalharam nesta festa, e ao incansável Zé Brás, o nosso presidente já referido, que durante estes dias perde anos de vida. Obrigada e para o ano, logo se vê…

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